A vida após o diagnóstico é o foco da campanha global sobre esse tipo de demência

A vida após o diagnóstico é o foco da campanha global sobre esse tipo de demência

21 de setembro de 2022

Saúde

Identificar a Doença de Alzheimer não é o fim; há tratamentos, cuidados e apoio que permitem proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes

Estima-se que aproximadamente 35,6 milhões de pessoas no mundo possuam a Doença de Alzheimer, sendo 1,2 milhão apenas no Brasil – a maior parte ainda sem um diagnóstico, de acordo com dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Esses números são preocupantes, mas acendem um alerta para a importância do conhecimento sobre a doença para uma identificação precoce e início do tratamento o mais rápido possível, e de forma adequada, para proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente. Essas questões são destaque em setembro, Mês Mundial da Doença de Alzheimer, com a campanha global 2022: “Conheça a demência, conheça a doença de Alzheimer”.

O tema deste ano dá continuidade ao mote do ano passado, focando em acabar com a desinformação e os preconceitos acerca da doença, com um foco especial na vida após o diagnóstico, explorando não só os tratamentos, mas os cuidados e a rede de apoio disponibilizada ao paciente.

“A população está envelhecendo e os padrões de doenças que impactam sua qualidade de vida vêm modificando-se. Por isso, é de extrema importância uma mobilização global como essa, focada em divulgar informações para conscientizar e ajudar a população na prevenção e identificação dessas enfermidades. Quanto mais recursos tivermos em mãos, melhores condições teremos a oferecer e, assim, promover uma sociedade digna”, destaca o médico geriatra da Prevent Senior, Marcelo Braga, que aproveitou a campanha mundial para esclarecer todas as dúvidas sobre a Doença do Alzheimer. Continue lendo esse conteúdo aqui no blog e compartilhe com quantas pessoas conseguir. Informação sempre é a melhor saída!

Alzheimer e demência

A Doença de Alzheimer foi descoberta no ano de 1906, quando o médico Alois Alzheimer descreveu a demência pela primeira vez, após cuidar de uma paciente saudável que passou a apresentar perda de memória, desorientação e dificuldades na fala aos 51 anos de idade. A mulher morreu com 55 anos e seu cérebro foi estudado por Alzheimer, o qual identificou alterações que hoje são os principais sinais da doença.

A demência, de forma geral, é uma síndrome que afeta mais de 50 milhões em todo o mundo, com um novo caso surgindo a cada três segundos, de acordo com estimativas do Alzheimer’s Disease International - organização global voltada ao combate do Alzheimer.

“Um paciente acometido por algum tipo de demência perde progressivamente as funções cognitivas (funções cerebrais), como memória, raciocínio, linguagem e habilidades sociais. Nesse contexto, a Doença de Alzheimer é um tipo de enfermidade que causa demência e tem como principais sintomas a perda de memória e a dificuldade de manter uma conversa normal ou ter reações esperadas para acontecimentos do cotidiano”, explica o geriatra.

De acordo com o médico, esses sinais aparecem no estágio inicial da doença, período em que o paciente demonstra desorientação e alterações de humor e comportamento. Como exemplo de uma situação que mostra a interferência desse tipo de demência, o geriatra cita a dificuldade durante compras no supermercado: “o paciente esquece algum produto ou compra em quantidade maior que a esperada, sendo certo que antes realizava essa atividade com perfeição.”

No estágio moderado, no entanto, o comprometimento nas atividades rotineiras é mais marcante em quem possui o Alzheimer, podendo ser acompanhado de sintomas psiquiátricos, como delírios, alucinações, depressão e agitação. “Na fase avançada, a necessidade de cuidados com o paciente é notória, uma vez que já apresenta dificuldades perceptíveis em cuidar de si”, esclarece o dr. Marcelo Braga.

Identificar para cuidar

Quanto antes o paciente for diagnosticado com a Doença de Alzheimer, mais rápido é iniciado o seu tratamento, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Para isso, é necessário que as pessoas ao redor, incluindo familiares, fiquem atentas aos sintomas já citados e outros, por exemplo, dificuldade em processos de aprendizagem de novas informações e até mesmo repetições e erros persistentes.

Percebidas as alterações, a busca por um médico especialista é fundamental para expor essas limitações e como elas se manifestam a fim de obter um diagnóstico preciso. Neste aspecto, o diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, tem como base a comunicação dessas dificuldades. No entanto, ele pode ser complementado com exames de imagem (tomografia e ressonância magnética) e laboratoriais (a maior parte por meio de testes sanguíneos).

A idade é um dos principais fatores de risco para desenvolvimento da Doença de Alzheimer, o que faz com que a demência acometa, principalmente, pessoas acima dos 65 anos ou mais. Mesmo assim, ainda é possível o diagnóstico em pacientes mais jovens, podendo ele estar no estágio inicial, intermediário e até mesmo tardio da enfermidade. Quando isso ocorre, o caso é chamado de Doença de Alzheimer de início precoce.

O fator genético é outro risco, mas a suspeita vem especialmente quando há um parente de primeiro grau acometido pela doença.

O Alzheimer mata?

A Doença de Alzheimer, bem como qualquer demência, é uma condição irreversível e incurável, mas que pode ter seus impactos retardados ou amenizados. Contudo, como ela consiste na morte de áreas cerebrais, conforme o seu estágio, é possível que atividades essenciais à vida sejam prejudicadas, como engolir, tossir e respirar, podendo resultar em morte.

O pós-diagnóstico

Após o diagnóstico de Alzheimer, é importante que o paciente conte com uma rede de apoio que forneça cuidadores e ajude com lembretes frequentes, separação de comprimidos, alarmes de celular, além de prestar todo auxílio necessário, lembrando que a pessoa doente precisará de um tempo mais longo para realizar suas atividades diárias. Neste período, paciência é primordial!

Como forma de tratamento medicamentoso, existem duas classes: os remédios que agem na progressão da doença e os que atenuam os sintomas. “O primeiro grupo visa, em sua maior parte, a reforçar as ligações nas áreas cerebrais acometidas pela doença para facilitar a função delas. O segundo é usado para reduzir essencialmente os sintomas comportamentais, como ansiedade, irritabilidade”, destaca o médico da Prevent Senior.

“É fundamental entender que o papel da rede de suporte de cuidados é tão importante (se não for mais relevante) quanto os cuidados da equipe de saúde que assiste o paciente. Portanto, entender como o indivíduo se comporta e como se dão os seus gostos e preferências é um desafio e ponto importante a ser observado no processo pós-diagnóstico.”, complementa o especialista.

O geriatra Marcelo Braga também destaca o apoio da Prevent Senior nesse processo pós-diagnóstico. Segundo ele, o tratamento de um paciente acometido por esse tipo de demência necessita de uma equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. “Todas essas especialidades estão presentes nos núcleos de atendimento e reabilitação da operadora, com o objetivo principal de proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente, familiar e cuidador, no curso da doença. Esse cuidado inclui o uso de técnicas de estimulação cognitiva e exercícios funcionais para melhorar o desempenho dessas pessoas nas atividades diárias”, conclui.

O cuidado começa na prevenção

Lidar com o diagnóstico é um ponto importante, mas a prevenção também é. Quando se trata de saúde, sempre há uma lista de práticas que ajudam a prevenir certas doenças. No caso do Alzheimer, o médico da Prevent Senior listou algumas ações que podem reduzir as chances de surgimento da demência. São elas:

- Praticar exercícios físicos regularmente;

- Manter um bom nível de escolaridade (estudo recente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP observou que pessoas com maior nível de escolaridade, apesar de apresentarem muitas lesões no cérebro em decorrência do Alzheimer, não manifestaram a doença na mesma intensidade que outros pacientes);

- Evitar o tabagismo;

- Controlar fatores de risco cardiovascular, como os níveis de pressão arterial e diabetes;

- Prevenir quedas;

- Manter uma dieta balanceada;

- Controlar a saúde mental, em especial os níveis de estresse;

- Manter interação social;

- Participar de jogos e atividades que estimulem o cérebro.

A Prevent Senior

Operadora de saúde especialista em pessoas, a Prevent Senior atua há mais de 25 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos-Atendimento Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados.

A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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