“Nosso coração é uma maravilha da engenharia biológica, responsável por bombear sangue e oxigênio para todo o corpo, permitindo-nos viver, amar, explorar e criar”.
No Dia Mundial do Coração, 29 de setembro, a Prevent reúne dicas de como protegê-lo e garantir o seu bom funcionamento.
Para essa grande missão, contamos com a participação do Dr. Marcus Vinicius Medrado Amorim, cardiologista e autor da frase acima, que trouxe à tona temas como cuidados ao longo da vida, exames de rotina e impactos das emoções no nosso coração.
Um dos principais esclarecimentos do médico é o mito de que apenas o Adulto+ ou pessoas com doenças preestabelecidas têm problemas cardíacos. “Na verdade, elas podem afetar pessoas saudáveis e de todas as idades.”
Ter consciência disso é importante para considerar a prevenção um ato indispensável em qualquer fase da vida.
Continue a leitura e saiba como fortalecer a saúde do seu coração.
Não se esqueça de compartilhar todas as dicas!
Cuidados com o Coração ao Longo da Vida
Os cuidados com o coração devem ser adaptados à idade e ao estado de saúde. O foco pode mudar, mas a importância da prevenção é constante.
Infância e adolescência
Nesta fase, o objetivo é estabelecer hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de atividade física.
Atenção especial à prevenção de fatores de risco, como obesidade infantil e tabagismo passivo. As crianças devem atingir o desenvolvimento físico e cardiovascular adequados.
Adulta e Jovem (20-40 anos)
Na fase adulta, a prevenção continua sendo a palavra-chave da saúde do coração, com ênfase na manutenção de hábitos saudáveis.
Aqui, importa verificar os níveis de colesterol, pressão arterial e glicose no sangue, especialmente se houver fatores de risco, como histórico familiar.
Evitar o tabagismo e o excesso de álcool!
Meia-idade (40-60 anos)
Nesta fase, o risco de doenças cardiovasculares aumenta. Os exames de rotina para monitorar a saúde do coração, como avaliação do perfil lipídico e pressão arterial, são essenciais.
Além disso, mantenha a prática de atividade física regular e uma dieta saudável para um peso corporal adequado; e controle fatores de risco, como hipertensão e colesterol elevado.
Faça avaliação do risco cardiovascular global e fale com seu médico sobre estratégias preventivas.
Adulto+ (60 anos e mais)
O risco de doenças cardíacas continua a aumentar com a idade. A gestão de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, é crucial.
A atividade física pode precisar de adaptações, dependendo da saúde e mobilidade da pessoa.
Agende consultas médicas regulares para monitorar a saúde cardíaca.
“É importante ter uma rotina de cuidados de saúde contínua, com acompanhamento médico e orientação individualizada.”
Relação Entre Saúde do Coração e Emoções
O coração é lembrado por sua relação com os sentimentos, e não é por acaso. Um estilo de vida saudável pode evitar muitos problemas cardíacos e as emoções fazem, sim, parte desse pacote.
O estresse crônico, por exemplo, pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial. Uma resposta do organismo que contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e doença arterial coronariana.
Além disso, o estresse pode levar a hábitos pouco saudáveis, como excesso de consumo de álcool, tabagismo e alimentação inadequada.
A depressão e a ansiedade também estão associadas a um maior risco de doenças cardíacas pelo mesmo motivo: podem gerar comportamentos prejudiciais à saúde do coração, como inatividade física, má alimentação e falta de adesão ao tratamento médico.
Segundo o Dr. Marcus Vinicius, essa relação entre saúde emocional e saúde cardíaca é bidirecional. “Assim como as emoções podem afetar a saúde do coração, problemas cardíacos também podem ter um impacto significativo nas emoções de uma pessoa”.
Exames cardiológicos
Outro cuidado que o coração carece é manter os exames de rotina atualizados, mas, antes de qualquer exame, é preciso uma avaliação clínica abrangente.
Avaliar é sempre o primeiro passo para um diagnóstico, pois as solicitações de exames condizem com aspectos como idade do paciente, histórico médico pessoal e familiar, fatores de risco e sintomas apresentados.
A aferição da pressão arterial feita na avaliação, por exemplo, aponta se há hipertensão arterial, que como mencionado, é fator de risco para doenças cardíacas.
Feita a avaliação, estes são os dois exames mais comuns solicitados pelo cardiologista:
Exame de sangue
O perfil lipídico, que inclui a medição do colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL e triglicerídeos, é essencial para avaliar o risco de doenças cardíacas.
Eletrocardiograma (ECG)
O ECG registra a atividade elétrica do coração e pode identificar irregularidades no ritmo cardíaco e outras alterações.
A abordagem ideal será avaliada pelo cardiologista, que personaliza os exames e estabelece a periodicidade de retorno adequada.
Dicas de prevenção
Seguem algumas dicas do Dr. Marcus Vinicius para cuidar do seu coração:
Alimentação Saudável
Opte por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, e proteínas magras. Reduza a ingestão de alimentos processados e ricos em gordura saturada.
Atividade Física
Mantenha-se fisicamente ativo. O exercício regular fortalece o coração, melhora a circulação sanguínea, e ajuda a manter um peso saudável.
Recomenda-se, pelo menos, 150 minutos de atividade física por semana. Lembrando que cada paciente possui as próprias limitações, os exercícios devem ser adaptados e atender às necessidades específicas de cada um.
Abandono do Tabagismo
Se você fuma, considere parar. O tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Além disso:
- Controle as principais doenças associadas às alterações cardiovasculares (hipertensão arterial, diabetes, colesterol);
- Gerencie o estresse;
- Siga as orientações do seu médico.
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Neste Dia Mundial do Coração, lembre-se de que cuidar do seu coração é um ato de amor-próprio. Faça escolhas saudáveis e compartilhe informações sobre saúde com seus amigos e familiares. “Juntos, podemos fazer a diferença na luta contra as doenças cardiovasculares e garantir que nossos corações continuem batendo forte por muitos anos”, conclui o Dr. Marcos Vinicius.