Com qual frequência você esfrega os seus olhos? Essa reflexão é importante, especialmente quando falamos do ceratocone, uma doença oftalmológica que pode ser agravada em pessoas que têm o hábito de coçar a região ocular. A enfermidade, que ainda não tem uma causa definida, mas está relacionada principalmente à genética, tem como principal característica a redução da espessura da córnea (camada transparente que recobre a frente do globo ocular). Como resultado, essa estrutura do olho é empurrada para fora, formando uma saliência em forma de cone que prejudica a visão de maneira progressiva e pode levar à cegueira.
No Brasil, o ceratocone atinge cerca de 150 mil pessoas por ano, segundo dados do Ministério da Saúde, e o tema ganha ainda mais destaque em 10 de novembro, Dia Mundial da Doença. A data foi criada em 2016 pela National Keratoconus Foundation (NKCF), entidade ligada à Universidade da Califórnia dedicada à doença, como uma forma de conscientizar e informar a população global sobre esta enfermidade e, especialmente, alertar sobre os cuidados que devem ser tomados para que o quadro não seja piorado.
“A incidência de ceratocone vai de 1% a 5% da população. Ou seja, a cada 100 pessoas, de 1 a 5 vão desenvolver essa doença. Por isso, há a necessidade de compartilhar o máximo de informações sobre essa enfermidade à sociedade”, destaca o médico oftalmologista Paulo Augusto Hidalgo, tutor da especialidade na Prevent Senior.
E como a informação é uma das aliadas da saúde, a operadora preparou um conteúdo detalhado sobre o ceratocone. Continue lendo esse conteúdo, aqui no blog, e compartilhe com quantas pessoas puder!
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A doença
O ceratocone costuma se manifestar mais em pessoas que tenham entre 10 e 25 anos, e sua progressão perdura por um período que varia de 10 a 20 anos. Ou seja, sua evolução pode ocorrer até os 40 anos. Depois, a enfermidade se estabiliza gradualmente.
O problema pode atingir os dois olhos, não necessariamente de maneira igual, e sua causa não é exata. A doença pode estar relacionada a diversos fatores. Além da genética, pode estar associada a questões ambientais e comportamentais.
O que se sabe, de fato, é que o problema ocorre como consequência de uma deficiência da córnea, que pode estar ligada à falta de colágeno ou a traumas causados no ato de coçar os olhos, o que justificaria o fato de pessoas alérgicas terem mais riscos de desenvolverem essa enfermidade. O ceratocone também é comum em pessoas que possuem algum familiar de 1º grau com a doença, com Síndrome de Down ou com alterações oculares congênitas, como a catarata.
Esfregar os olhos para aliviar uma coceira não é uma boa ideia. Além de piorar o quadro, o ato pode causar graves danos oculares. Cuide da sua visão!
Principais sintomas
Quando os sinais do ceratocone aparecem, eles se diferem dependendo do estágio da doença. O sintoma mais comum é a perda progressiva da visão, com a piora da miopia (dificuldade em enxergar de longe) e do astigmatismo irregular (redução da percepção visual, visão turva, foco distorcido ou borrado), o que resulta em uma troca constante de óculos devido ao aumento do grau até ser necessário o uso de lentes de contato.
Algumas pessoas, no entanto, podem não apresentar sintomas mesmo que tenham a doença, assim como explica o oftalmologista da Prevent Senior. “Isso pode ocorrer quando o grau de astigmatismo gerado pelo ceratocone é baixo.”
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Diagnóstico e tratamento
Para diagnosticar o ceratocone, o médico leva em conta a análise clínica do paciente, incluindo os sintomas relatados, além de exame oftalmológico completo e de topografia da córnea, que permite criar um mapa tridimensional digital desta membrana.
Confirmado o diagnóstico, o tratamento varia de acordo com o estágio da enfermidade. Em casos iniciais, o uso de óculos ajuda a recuperar a visão. Conforme ela evolui, é necessário o uso de lentes de contato específicas e mais rígidas. Em situações mais graves, há a possibilidade de implantes de anéis intracorneais ou intraestromais, usados para ajustar a curvatura da córnea, ou o transplante de córnea. Existe, ainda, um tratamento inovador nomeado de “crosslinking” – uma intervenção rápida que fortalece o colágeno da córnea, evitando a progressão do ceratocone.
Prevenção com a Prevent Senior
De acordo com Paulo, a melhor forma de prevenir o ceratocone é a consulta com um especialista pelo menos uma vez ao ano para a realização de todos os exames oftalmológicos necessários.
Na Prevent Senior, os beneficiários têm acesso a dois núcleos especializados na saúde ocular: os Núcleos de Oftalmologia Alto da Mooca (rua Bixira, 148) e o Jardim Paulista (Alameda Campinas, 529). Nestes locais, os atendimentos ocorrem por livre demanda ou agendamento, dependendo da situação, sendo imprescindível que o interessado entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente e Central de Agendamento da operadora para obter orientação antes de ir até a unidade.
Além de disponibilizarem as mais variadas especialidades médicas neste quesito, como oncoftalmologia e neuroftalmologia, os núcleos contam com tecnologia de ponta para exames e consultas.
“No caso do diagnóstico do ceratocone, os núcleos disponibilizam exames, como a tomografia de coerência óptica de segmento anterior, que é uma avaliação não-invasiva em nível microscópico da câmara anterior do globo ocular, e a ceratoscopia, também conhecida como topografia da córnea”, destaca o oftalmologista da Prevent Senior.
No tratamento, o médico relata que a operadora disponibiliza os implantes de anéis intracorneais ou intraestromais, bem como a intervenção “crosslinking”. Há, ainda, a possibilidade de transplante de córnea quando algum beneficiário é contemplado após aguardar na fila única do estado. Nesta situação, o procedimento é realizado no Núcleo Alto da Mooca, onde há um centro cirúrgico oftalmológico da operadora.
Sobre a Prevent Senior
Operadora de saúde especialista em pessoas, a Prevent Senior atua há mais de 25 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos-Atendimento Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados.
A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, além de Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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