Endometriose, a doença que atinge 8 milhões de brasileiras

Endometriose, a doença que atinge 8 milhões de brasileiras

20 de julho de 2022

Saúde

Doença ginecológica é marcada por dores fortes e pode causar infertilidade

Você já deixou de fazer algo por sentir uma forte dor? Imagine quando isso acontece uma vez por mês! Essa é a realidade de muitas mulheres que sofrem com a endometriose, uma doença inflamatória que, se não tratada, pode comprometer todo o sistema reprodutor. É muito comum a associação desta dor a uma forte cólica recorrente, mas isso tem solução. Hoje o blog da Prevent Senior vai te ajudar a entender e identificar os sintomas desta enfermidade que atinge 200 milhões de mulheres em todo o mundo.

Este número é tão impactante que, em maio de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a endometriose como um problema de saúde pública, visando a incentivar o desenvolvimento de políticas e outras ações voltadas ao diagnóstico e tratamento para essa questão. A Sociedade Brasileira de Endometriose estima que até 8 milhões de mulheres brasileiras tenham esta doença de forma crônica.

O mais importante é que não é apenas uma cólica. A endometriose é marcada por dores fortes recorrentes, que costumam não passar com medicamentos, afetando a rotina e a qualidade de vida de muitas mulheres, que são obrigadas a deixar compromissos, momentos de lazer e até mesmo a família de lado.

“Qualquer ginecologista tem condição de fazer um diagnóstico de endometriose e iniciar o seu tratamento. O que nós, médicos, mais queremos é detectar qualquer doença precocemente, justamente porque tratar uma doença no início é muito melhor do que quando ela está na fase avançada, principalmente quando existe um tratamento que é simples, como na endometriose”, afirmou o médico responsável pelo setor de ginecologista-obstetrícia da Prevent Senior, dr. João Paulo Ferraz de Barros.


O que é endometriose?

A endometriose acontece quando o tecido endometrial (que reveste a cavidade do útero), ao invés de sair pela vagina durante a menstruação, acaba voltando pelas trompas e se aloca em outros locais. Como se fosse um refluxo, o processo conhecido como “menstruação retrógrada” provoca dor e inflamação.

“Esse processo em 90% das mulheres não causa nada, mas uma a cada dez mulheres pode ter a chegada desse tecido na cavidade abdominal, grudado em outras partes fora do útero, que pode sangrar durante o período da menstruação. Então fora o sangue da menstruação, o lugar onde há um foco deste tecido do endométrio pode sangrar, fora do útero, e isso provoca a dor”, explicou o médico.

Por ser causada por hormônios femininos, é uma doença que costuma dar sinal de vida no período reprodutivo, mais frequente em mulheres com idade entre 25 e 35 anos.

Sintomas

O principal sintoma da endometriose é uma cólica impactante, que tira a mulher das suas atividades habituais.

“Os médicos pensam muito nesta doença, mas o quadro clínico inicial se confunde muitas vezes com um quadro normal de dor durante a fase menstrual, e a dor é muito variável de pessoa para pessoa”, disse o Dr. João Paulo.

Há casos em que a doença se manifesta de forma assintomática, descoberta durante avaliações médicas, cirurgias, ou quando a mulher tenta engravidar, mas não consegue.

Diagnóstico:

O primeiro passo para a identificação da endometriose é procurar um ginecologista, que vai analisar o quadro clínico de cada paciente e indicar os exames mais adequados.

“Para qualquer tratamento, é fundamental que o paciente tenha um entrosamento com o médico. O paciente deve sempre contar tudo, não ter vergonha. Já o médico deve receber o paciente com atenção, entender o que ele está sentindo, para que possa trabalhar com as informações. Tudo o que nós ouvimos, vemos no corpo e nos resultados de exames é informação, ainda mais em uma doença como esta, que não há o diagnóstico de uma só forma”, completou o Dr. João Paulo.

Muitas vezes, exames básicos, de rotina, já podem identificar a existência de processos inflamatórios, que podem ser tratados com medicamentos. Se mesmo assim a dor persistir, o médico poderá solicitar exames mais complexos, como ultrassom com preparo intestinal e ressonância magnética. O médico explica o motivo de alguns exames não serem solicitados já na primeira consulta.

“Normalmente nós pedimos exames específicos para situações específicas, até pelo desconforto de exames que são mais invasivos. Hoje não há um teste para dar o diagnóstico. Na maioria das vezes, é possível dar um diagnóstico baseado em uma série de informações, como sintomas, o quadro clínico da paciente e junto com os exames de imagem, que te dão muita informação”, destacou.

Tratamentos

Esta avaliação médica que falamos será fundamental para identificar os casos que devem ser tratados com medicamentos ou com cirurgia, mas é importante frisar que nem toda mulher precisa de intervenção cirúrgica.

Existem pacientes que podem receber tratamentos medicamentosos e fisioterapia, principalmente para o tratamento dos sintomas. As cirurgias são indicadas para os quadros mais severos, a fim de eliminar os focos da endometriose e reverter alterações anatômicas.


Prevent Senior

Operadora de saúde especialista em pessoas, a Prevent Senior atua há mais de 25 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos-Atendimento Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados, inclusive para tratamentos específicos para casos de ginecologia.

A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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