HEPATITES VIRAIS: O COMBATE COMEÇA COM INFORMAÇÃO

HEPATITES VIRAIS: O COMBATE COMEÇA COM INFORMAÇÃO

28 de julho de 2022

Saúde

28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais; informar-se sobre o assunto é fundamental para vencer essa batalha

Com o objetivo de conscientizar e prevenir, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu, em 2010, a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. No Brasil, foi instituída pela Lei nº 13.802/2019 a campanha Julho Amarelo, que marca o mês de combate a esta doença que afeta cerca de 325 milhões de pessoas ao redor do mundo. Mesmo com esses números, ainda há muito desconhecimento sobre as hepatites, e, por isso, elas se tornaram um grave problema de saúde pública.

Vamos mostrar aqui no blog quais são os tipos, os sintomas, tratamentos, e muito mais.

O QUE SÃO HEPATITES VIRAIS

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado, resultando em alterações leves, moderadas ou graves. Elas são divididas em cinco tipos: A, B, C, D e E.

“Quando manifestam sintomas, o portador costuma sofrer com febre, mal-estar, cansaço, tontura, enjoo, vômitos, pele e olhos amarelados, dores abdominais, urina escura e fezes claras. Por isso, é muito importante prestar atenção a esses sinais”, explica a médica Ariani Bernachi Yankelevic, coordenadora de Gastroenterologia da Prevent Senior,

No Brasil, as hepatites causadas pelos vírus A, B e C são as mais comuns. A hepatite D é encontrada por aqui com menor frequência, sendo mais comum na região Norte do país. Já o vírus da hepatite E é muito raro no Brasil, sendo diagnosticado com maior frequência nos continentes Ásia e África.

Hepatites virais
Infecções que atingem o fígado podem ser divididas em cinco tipos: A, B, C, D e E. No Brasil, as três primeiras são as mais comuns.

Hepatite A

O tipo mais comum no Brasil, essa hepatite é causada pelo vírus A (HAV), que causa inflamação no fígado. Na maioria dos casos, a Hepatite A não causa sintomas em, quando aparecem, costuma ser entre 15 e 50 dias após a infecção. Em casos raros, pode causar insuficiência hepática e até morte.

O vírus da Hepatite A é transmitido via fecal-oral, por meio de água ou alimentos contaminados, ou por contato com pessoas infectadas, como em relações sexuais, por exemplo.

A Hepatite A deve ser tratada com nutrição adequada, muita hidratação e repouso, além de acompanhamento médico. Em alguns casos, é necessária hospitalização.

Hepatite B

Esse tipo é causado pelo vírus HBV da hepatite, presente no sangue e em secreções. A hepatite B é considerada também uma doença sexualmente transmissível.

Inicialmente, ela se manifesta como uma infecção aguda que, na maioria dos casos, some em até seis meses após a aparição dos primeiros sintomas, devido aos anticorpos chamados anti-Hbs, presentes no corpo humano. Por isso, é considerada uma infecção de curta duração.

Em alguns casos, as infecções permanecem após esse período mantendo a presença do marcador HBsAg no sangue. Quando isso acontece, a doença passa a ser considerada crônica. Em crianças, o risco de a infecção se tornar crônica é maior, por isso é necessária a testagem em gestantes durante o pré-natal.

Entre os adultos, entre 20% e 30% dos infectados de maneira crônica desenvolvem cirrose ou câncer de fígado.

O tratamento de hepatite B é realizado com antivirais específicos. Além disso, a pessoa infectada deve evitar o consumo de bebidas alcóolicas.

Para esse tipo de hepatite, a melhor forma de prevenção é a vacina, que atualmente é prevista no calendário de imunização infantil.

Hepatite C

Segunda forma mais comum da hepatite, a C pode se manifestar de maneira aguda ou crônica, sendo essa segunda forma a mais diagnosticada. A Hepatite C crônica evolui de maneira silenciosa, resultando em quadro inflamatório persistente do fígado do paciente.

Cerca de 80% das pessoas contaminadas com a Hepatite C não apresentam sintomas da doença. Por isso, a enfermidade, geralmente, é descoberta apenas em sua fase crônica. Por este motivo, a testagem espontânea da população é extremamente importante.

A Hepatite C pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado (devido ao compartilhamento de agulhas e seringas, por exemplo), relações sexuais sem uso de preservativos e transmissão de mãe para filho durante a gestação.

Ela não é transmitida pela comida, água, leite materno ou contato casual, como abraços, beijos e apertos de mãos.

Para este tipo de hepatite, ainda não existe prevenção via vacina.

Hepatite D

Conhecida também como Delta, a Hepatite D está diretamente associada à presença do vírus da Hepatite B na pessoa infectada. A infecção pelo vírus HDV pode acontecer de duas maneiras:

- Coinfecção simultânea com o vírus da Hepatite B;

- Superinfecção do vírus da Hepatite D em uma pessoa que já tenha infecção crônica pelo vírus da Hepatite B;

A forma crônica da Hepatite D é considerada a mais grave entre as hepatites virais permanentes, pois ela evolui mais rapidamente para a cirrose, além de aumentar as chances de descompensação, câncer e óbito.

A exemplo das outras hepatites, a D só costuma apresentar sintomas em estágios avançados.

Hepatite E

Esta forma de hepatite é causada pelo vírus HEV. O portador da hepatite E costuma ter a doença de maneira curta (duas a seis semanas) e autolimitada. Na maioria dos casos, a doença costuma ser considerada de caráter benigno, e raramente evolui para a forma crônica. Em gestantes, a Hepatite E pode ser grave.

Em crianças, a Hepatite E geralmente não apresenta sintomas. Em alguns casos, surgem sintomas leves.

A Hepatite E pode ser transmitida através de ingestão de carne mal cozida ou de outros produtos de origem animal. Também pode ser transmitida pelo compartilhamento de objetos que contenham sangue infectado e da mãe para o bebê durante o período de gestação.

Hepatites virais
É essencial ficar atento aos sintomas que podem indicar algum tipo de hepatite viral.

COMO PREVENIR

A doutora Ariani Bernachi Yankelevic, coordenadora de Gastroenterologia da Prevent Senior, explica que cuidados básicos com a higiene são essenciais no combate às hepatites virais.

“Nos vírus de transmissão fecal-oral é muito importante lavar bem os alimentos crus antes do consumo, lavar bem as mãos antes de se alimentar e, após, utilizar o banheiro. Para os demais vírus, é muito importante não compartilhar agulhas, usar preservativo para relações sexuais. Evitar compartilhar objetos de uso pessoal, como escovas de dente e talheres”, diz ela.

Além disso, para a prevenção de hepatites é necessário:

- Usar preservativos nas relações sexuais;

- Não compartilhar objetos que possam ter entrado em contato com sangue, como seringas, agulhas, escova de dentes, alicates de cortar unhas, materiais de tatuagem, etc;

- Não compartilhar seringas e agulhas;

- Gestantes devem fazer, no pré-natal, exames para detectar hepatites B e C, além de HIV e Sífilis;

A doutora Ariani ressalta ainda que portadores de hepatites “podem ter uma vida normal, a única restrição é com relação à doação de sangue, que não pode ser realizada”.

Ela também afirma que todos estão sujeitos à infecção aos vírus da hepatite, não existindo um grupo mais propenso. Por isso, informar-se sobre as hepatites virais é uma arma fundamental no combate à doença.

A PREVENT SENIOR

A operadora de saúde especialista em pessoas. A Prevent Senior atua há mais de 25 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos-Atendimento Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados.

A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.

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