Com o objetivo de aumentar o nível de conscientização da população sobre uma das doenças mais comuns no mundo, 11 de outubro ficou estabelecido como Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. E para reforçar ainda mais a importância dessa data, o blog da Prevent Senior conversou com dois médicos sobre o assunto. Confira!
O QUE É OBESIDADE?
Obesidade é o excesso de gordura corporal em quantidade que resulta em prejuízos à saúde. Um paciente é considerado obeso quando seu Índice de Massa Corporal (IMC) é igual ou maior que 30 kg/m2. Para chegar a este número, a Organização Mundial de Saúde (OMS) adotou o seguinte padrão: divide-se o peso da pessoa pela sua altura elevada ao quadrado. Quem tem IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m2 não é considerado obeso.
O doutor André Colapietro Guida Barbosa, tutor da área de endocrinologia da Prevent Senior, explica que não existe uma única causa que pode ser apontada como motivo para uma pessoa desenvolver obesidade.
“A obesidade é considerada uma doença multifatorial. Isso significa que a doença é o resultado de complexas interações entre fatores genéticos e ambientais. Cada indivíduo é único e carrega no seu material genético uma propensão maior ou menor para desenvolver a obesidade. Os fatores ambientais que levam à obesidade são o sedentarismo, consumo de álcool, nível socioeconômico, comportamento alimentar dos pais e os hábitos alimentares individuais”.
Há o estigma de que a obesidade é sempre resultado de má alimentação e sedentarismo. O doutor André esclarece que alimentação inadequada e falta de atividades físicas podem, sim, resultar na doença, mas não são os únicos fatores.
“Se você consumir grandes quantidades de calorias, principalmente gordura e açúcar, mas não queimar a energia por meio de exercícios e atividade física, grande parte da energia excedente será armazenada pelo corpo como gordura. Outras patologias podem contribuir com o ganho de peso, quando, por exemplo, limitam de maneira significativa a mobilidade e consequentemente a prática de atividades físicas. Existem, ainda, condições de saúde que podem causar obesidade como a Síndrome de Prader-Willi e a Síndrome de Cushing. No entanto, são doenças raras e não constituem a principal causa.”, diz ele.
É PRECISO CUIDADO E ATENÇÃO
A obesidade, se não tratada corretamente, pode resultar em doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol LDL e triglicérides, redução do colesterol HDL, resistência à insulina e diabetes. O risco cardiovascular, ou seja, de infarto, derrame ou insuficiência cardíaca, é elevado nesses pacientes. A obesidade também leva ao acúmulo de gordura no fígado, a esteatose hepática, que pode evoluir para esteato hepatite. Alterações pulmonares como asma, apnéia do sono e, mais raramente, a síndrome da hipoventilação, também podem surgir em decorrência do excesso de peso, que pode causar, ainda, deficiências hormonais. Alguns tipos de câncer são comprovadamente mais prevalentes nas pessoas com obesidade, como o câncer de mama, endométrio, esôfago, colorretal, vesícula biliar, real e de pâncreas.
Por estes motivos, a pessoa que tem obesidade deve realizar exames médicos regularmente para verificar se há complicações decorrentes do excesso de gordura corporal, por meio de exames laboratoriais e de imagem. Os testes de rotina devem incluir perfil lipídico (colesterol, triglicérides), glicemia de jejum, função renal, hepática e algumas vitaminas, como a vitamina D, que apresenta deficiência de maneira mais frequente no paciente obeso. Um ultrassom de abdome pode ser realizado para avaliação de gordura no fígado, uma das complicações mais comuns da obesidade, que pode dar sinais quando há um aumento da circunferência abdominal ou sinais de resistência à insulina. Outros exames podem ser necessários de acordo com o caso e com a suspeita clínica.
Além disso, há outros hábitos que a pessoa pode adotar no dia a dia.
DE OLHO NAS CRIANÇAS
A doutora Andrea Ramos de Castro Moreira, endocrinologista da Prevent Senior, ressalta que o melhor momento para a prevenção da obesidade é ainda na infância. E não se trata de uma questão estética, mas sim, de impacto na saúde das crianças.
“A obesidade infantil está cada vez mais prevalente. Sabemos que, quanto mais cedo a obesidade se instala, mais difícil fica o controle da doença e a manutenção do peso ao longo da vida, além de aumentar o risco do desenvolvimento de doenças metabólicas e cardiovasculares. Por isso, a melhor forma de manter um peso saudável é prevenir a obesidade desde a infância, com mudanças de hábitos e do estilo de vida”, diz ela.
O Relatório Mundial da Obesidade (World Obesity Atlas) divulgado em 2022 projetou que o Brasil terá cerca de 7,7 milhões de crianças obesas até 2030.
CIRURGIAS SÃO RECOMENDÁVEIS?
As cirurgias que visam à redução de peso são cada vez mais comuns, mas não são para todos os casos. A doutora Andrea explica como são esses procedimentos e em quais casos são recomendados.
“A cirurgia bariátrica é indicada para os pacientes que apresentam obesidade grau III, definida por um IMC maior ou igual a 40 Kg/m2 ou obesidade grau II, com IMC maior ou igual a 35 Kg/m2 associado a algum outro problema causado ou agravado pelo excesso de peso, como diabetes, hipertensão arterial, esteatose hepática, apnéia do sono, entre outros. A cirurgia é indicada após ter sido realizado um tratamento clínico sem sucesso, exceto nos casos mais graves, com IMC maior do que 50 Kg/m2, quando a cirurgia é o tratamento de primeira linha. Existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica, sendo que os mais realizados hoje são a gastrectomia vertical (“sleeve”), na qual é reduzido o tamanho do estômago e retiradas células responsáveis pela produção do hormônio da fome. E o bypass, em que, além da restrição do tamanho do estômago, é feito um desvio no intestino, reduzindo a absorção dos nutrientes. Essa modalidade promove mudanças metabólicas importantes, sendo preferida em alguns casos específicos, como o de pacientes com diabetes. A escolha do tipo de cirurgia deve ser feita levando em conta as características de cada paciente, como o padrão alimentar, comorbidades metabólicas associadas, grau da obesidade, entre outros”.
É fundamental que o paciente tenha acompanhamento psicológico pré e pós-cirúrgico.
A PREVENT SENIOR
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