A perda involuntária de urina, conhecida como incontinência urinária, é um problema que atinge cerca de 5% da população mundial e aproximadamente 35% das mulheres com mais de 40 anos, após a menopausa, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia. Esse distúrbio surge principalmente com o avanço da idade, em decorrência das mudanças do corpo, mas também pode ser impulsionado por outros fatores e tem como medidas de prevenção a prática de exercícios físicos durante toda a vida, além de uma alimentação saudável.
No mês de março, o tema recebe destaque por conta do Dia Mundial da Incontinência Urinária (14/3), data criada para ajudar na conscientização desse distúrbio, que é um dos mais comuns quando se fala em trato urinário.
E como o tema é de suma importância, especialmente para o público Adulto+, o médico urologista e chefe da especialidade na Prevent Senior, Gabriel Barbosa, aproveitou o momento para esclarecer algumas dúvidas.
Os vários tipos de incontinência urinária
A perda involuntária de urina pode se apresentar de várias formas. “O tipo mais comum é a incontinência urinária aos esforços, que é quando o paciente perde urina ao tossir, espirrar, carregar peso, correr, entre outros”, explica o especialista da operadora.
Outra forma comum é a incontinência urinária de urgência. Neste caso, segundo o médico, o paciente tem desejos súbitos de urinar e acaba não conseguindo segurar.
Há também a forma mista do distúrbio, que é um combinado dos dois tipos já citados, além da incontinência urinária por transbordamento, que surge quando o paciente possui uma bexiga doente. “Neste quadro, a bexiga não contrai adequadamente e retém quase toda a urina. Com o aumento da pressão nela, há um transbordamento de urina pela uretra”, complementa Barbosa, que compara esse tipo de incontinência a uma caixa d’água transbordando.
Sintomas e causas
A incontinência urinária é facilmente percebida pelos pacientes, que observam a perda de urina e as roupas molhadas e começam a precisar de proteção com panos, absorventes e até mesmo fraldas.
A condição, de acordo com o urologista, não está relacionada à genética. Ela está principalmente ligada ao envelhecimento, já que o avanço da idade traz como consequências algumas alterações do corpo, como modificação e enfraquecimento de fibras de colágeno e musculatura, que acabam atingindo o assoalho pélvico e favorecendo as perdas de urina ao realizar esforços.
As mulheres, neste caso, são as que mais sofrem com o problema devido à menopausa e às gestações. “Após a menopausa, os níveis de hormônios femininos reduzem e isso facilita alterações no colágeno e na musculatura da região pélvica, anatomia que também pode sofrer alterações durante a gravidez e o parto”, esclarece o médico.
Nos homens, o distúrbio pode surgir especialmente após procedimentos cirúrgicos, como na próstata.
Prevenção
Como fator de proteção para evitar o surgimento do distúrbio, o urologista cita a prática de atividades físicas durante a fase adulta e sua continuidade mesmo com o avanço da idade.
Tratamento
Os tratamentos para controlar a incontinência urinária variam de acordo com o quadro do paciente, mas inicialmente incluem orientações clínicas, ajuste de ingestão de líquidos, mudança de hábitos miccionais e a realização de fisioterapia com foco em reabilitar a musculatura pélvica para poupar o paciente de um procedimento mais agressivo. “Para os casos em que não há melhora do quadro, é possível realizar cirurgia, mais ou menos complexa, dependendo do caso e do tipo de incontinência urinária”, relata o especialista da operadora.
Na Prevent Senior, de acordo com o médico, há um grupo de fisioterapia urológica de excelência, com experiência e equipamentos de ponta para garantir os melhores resultados em pacientes que sofrem com o problema. No caso de cirurgias, há uma equipe de urologia para tratamento dos homens e outra de uroginecologia para cuidados direcionados às mulheres.
Para ter acesso a esses profissionais, basta marcar uma consulta por meio da Central de Agendamento da operadora.
Fisioterapia pélvica
A fisioterapia pélvica é uma boa aliada quando o assunto é incontinência urinária e a busca por esse tipo de atendimento não deve limitar-se a pacientes que já apresentam o problema. “Os exercícios pélvicos não ajudam apenas quem sofre com a doença, mas contribuem com a prevenção. O ideal é que todo mundo os fizessem desde jovem para evitar problemas futuros”, alerta Juliana Nishimura, fisioterapeuta uroginecológica.
Como exemplo, a especialista cita as gestantes. Segundo ela, mesmo que uma mulher grávida não apresente a perda de urina, é necessário que ela realize a fisioterapia pélvica para trabalhar e fortalecer a musculatura dessa região. “Mesmo em caso de um parto cesárea, essa recomendação é válida, já que a gravidez por si só já sobrecarrega o músculo pélvico”, complementa.
Quanto aos exercícios que ajudam quem sofre com incontinência urinária a fortalecer a região pélvica, a fisioterapeuta elenca os que são mais globais.
Em casos de incontinência urinária por esforço, ou até mesmo a mista, a profissional orienta que o paciente realize a contração pélvica sempre antes dessa ação mais enérgica. “Se for possível prever uma tosse, por exemplo, o recomendado é que a contração do músculo seja realizada antes”, explica. Para quem pratica musculação e ginástica, entre outros, Juliana indica realizar o exercício pélvico durante essas atividades para que o músculo fique mais firme com o tempo.
Para quem sofre com incontinência urinária mista e outros tipos da doença, a fisioterapeuta recomenda o fracionamento da água que é ingerida durante o dia e o controle dos intervalos para urinar. “Para proteger a bexiga e fazê-la funcionar de maneira correta, a melhor forma de hidratação é consumir água ao longo de todo o dia, sem beber uma quantidade grande de uma só vez. Além disso, deve-se urinar em um intervalo de duas ou três horas”, orienta. Em casos de urgência para micção em um momento que não puder urinar ou quiser postergar, a especialista indica realizar as contrações da região pélvica até a hora de ir ao banheiro.
Independentemente dos exercícios citados, Juliana ressalta que a busca por atendimento médico é essencial já no primeiro sinal de incontinência urinária. “Perder urina é comum, mas normal não é. Então, se você tem qualquer sinal de gotejamento, significa que o músculo está falhando e precisa ser exercitado”, finaliza.
A Prevent Senior
Operadora de saúde especialista em pessoas, a Prevent Senior atua há quase 26 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos Atendimentos Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados. A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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