A Prevent Senior terá a primeira residência médica com foco em medicina aeroespacial no Brasil. O curso, aprovado pelo Ministério da Educação no último dia 22 de setembro, vai ofertar duas vagas para a especialidade já a partir de 2023. O edital com todas as regras para inscrição na prova de admissão será publicado no final de outubro no Diário Oficial da União e, também, na página do Instituto Prevent Senior. A prova será aplicada em janeiro e o início do curso está marcado para o dia 1º de março de 2023.
Para concorrer, é obrigatório que os médicos já tenham feito residência em alguma das seguintes áreas: clínica médica, cirurgia geral, terapia intensiva ou pediatria.
Durante a formação, que durará dois anos, os residentes serão capacitados para desempenhar diversas funções com três principais eixos, contendo especificidades demandadas por esse público-alvo. Primeiramente, o foco no cuidado com a saúde de pilotos, co-pilotos, tripulação de bordo, aeroviários e trabalhadores de comando de tráfego aéreo.
Haverá, também, treinamento para prestação de serviços aeromédicos, incluindo transporte de pacientes, com ênfase em técnicas de socorro de casos graves, que necessitam estabilização até a chegada à unidade hospitalar que prosseguirá com o tratamento.
Também fará parte do currículo a prática de orientação de pacientes operados ou que sofreram algum tipo de procedimento sobre os períodos de quarentena e cuidados necessários para conseguirem viajar de avião. Isso ocorre porque, devido à pressurização, os voos podem ser prejudiciais a passageiros com algumas enfermidades ou que passaram por determinados procedimentos, assim como elevam risco de desenvolvimento de tromboses, por exemplo.
No Espaço e nos Estados Unidos
A Prevent Senior assinou um convênio com o Centro de Treinamento de Aviação Civil Norte-Americano (CAMI) para propiciar intercâmbio nos Estados Unidos aos residentes que assim desejarem. No Brasil, os participantes do grupo atuarão em parceria com a Air Jet Táxi Aéreo, empresa de aviação executiva do grupo Prevent Senior. Além disso, a coordenação do curso busca contratos com empresas de grande expressão do setor no Brasil para viabilizar estágios aos alunos.
Olhando para o futuro, a aprovação da residência em medicina aeroespacial aponta, também, para a possível expansão para abordar a saúde de astronautas, uma vez que a falta de gravidade à qual são expostos durante as viagens privilegia o surgimento de doenças muito próprias àquela atividade, tais como problemas cardiovasculares e deficiências ósseas.
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