SEM CRISE! VIVER BEM COM A EPILEPSIA É POSSÍVEL

SEM CRISE! VIVER BEM COM A EPILEPSIA É POSSÍVEL

27 de março de 2023

Saúde

A Epilepsia é uma doença crônica que afeta o funcionamento do cérebro e tem como principal sintoma crises convulsivas frequentes, também conhecidas como ataques epilépticos

Cerca de 50 milhões de pessoas no mundo vivem com epilepsia, segundo os últimos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença crônica afeta o funcionamento do cérebro de forma temporária e reversível e tem como principal sintoma convulsões recorrentes, mais conhecidas como ataques epilépticos. Apesar de não ter cura, o distúrbio pode ser tratado e controlado, informação importante e difundida durante a campanha “Março Roxo” e também ontem (26/3), Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia.

Explicação de como surgiu a Campanha Março Roxo
A campanha Março Roxo surgiu em 2008, no Canadá, após uma criança com epilepsia relatar seu sentimento de solidão por ter a doença


Alinhada ao objetivo da campanha, reunimos, neste conteúdo, informações importantes para conscientização sobre o tema. Continue lendo e compartilhe com quantas pessoas puder!

SOBRE A DOENÇA

A epilepsia pode se apresentar de duas formas. São chamados de epilepsia primária (idiopática) os casos em que não é possível identificar a causa da doença no paciente. Essa condição pode estar fortemente ligada a uma alteração genética. No entanto, também há a epilepsia secundária, que é quando o problema surge em decorrência de outra patologia. Esta condição pode ser um tumor, um acidente vascular cerebral (AVC), infecções (meningite, encefalite etc.), complicações durante o parto (falta de oxigênio) ou até mesmo exposição a toxinas (chumbo e mercúrio).

Independentemente da forma como essa alteração surge, ela altera o funcionamento do cérebro da mesma maneira. Ou seja, por um período curto de tempo (segundos ou minutos), parte do cérebro emite sinais incorretos que podem ficar restritos a essa região, causando a chamada crise parcial; ou se espalhar, chegando ao outro lado do órgão, o que chamamos de crise generalizada.

E será a característica da crise (parcial ou generalizada) que determinará a intensidade dos sintomas, tendo ambas a mesma importância e urgência de cuidados.

ATAQUES EPILÉPTICOS E OUTROS SINTOMAS

O sintoma mais comum quando falamos em epilepsia generalizada, é o ataque epiléptico, que consiste em crises convulsivas frequentes. Neste contexto, a pessoa em crise cai no chão, perde a consciência, apresenta contrações e espasmos musculares pelo corpo, morde a língua e pode, até mesmo, urinar ou defecar. Esse tipo de manifestação da doença também é chamado de crise tônico-clônica.

Há também a crise de ausência ou o chamado “olhar em branco”. Neste caso, a pessoa fixa o olhar em um ponto e fica por alguns instantes sem responder aos estímulos ao seu redor.

Outro tipo de crise faz com que a pessoa realize movimentos automáticos involuntários, como mastigar, falar de forma incompreensível ou andar sem direção definida. Após esses episódios, o paciente costuma não se lembrar do que aconteceu.

A EPILEPSIA EM CRIANÇAS

Os sintomas da epilepsia são semelhantes em pessoas de todas as idades, mas sua manifestação pode ser diferente entre adultos e crianças, assim como explica a pediatra da Prevent Senior, Renata Andrade Cardoso Medrado.

“Nos mais jovens, o diagnóstico pode ser mais difícil porque os sintomas podem ser confundidos com outras condições, transtornos do desenvolvimento ou distúrbios do comportamento”, explica a especialista. A médica também esclarece que, além dos sintomas já mencionados, as crianças que sofrem com epilepsia podem manifestar a doença apresentando um comportamento estranho, mudanças de humor e dificuldade de aprendizagem.

Principais sinais de epilepsia em crianças
Em crianças, sinais de atenção são: comportamento estranho, mudanças de humor e dificuldades de aprendizagem


Além disso, em crianças, o distúrbio pode se apresentar em fases que variam de acordo com a idade, o tipo de epilepsia e outros fatores individuais. Saiba quais são:

- Fase neonatal: abrange as quatro primeiras semanas de vida do paciente e se manifesta em crises tônicas e clônicas. Ou seja, a criança apresenta contrações e espasmos musculares em todo o corpo, podendo perder a consciência, urinar e até mesmo defecar. Algumas vezes, isso ocorre logo após o parto.

- Fase lactente: as crises ocorrem entre o primeiro e o segundo ano de vida da criança e se manifesta durante o sono ou durante momentos de febre alta.

- Fase escolar: as crises ocorrem de 6 a 12 anos de idade, normalmente durante o dia, após atividades como leitura ou escrita.

- Fase adolescente: manifestação da doença é semelhante à de adultos jovens, podendo ocorrer crises a qualquer hora do dia, desencadeadas por estresse ou falta de sono.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

O diagnóstico de epilepsia em crianças ocorre da mesma forma que nos adultos: envolve avaliação física e dos sintomas, bem como exames neurológicos e de imagem do cérebro.

A cura da doença, por sua vez, não existe. No entanto, há tratamentos que permitem o controle dos sintomas e possibilitam uma melhor qualidade de vida ao paciente, seja ele jovem ou adulto.

Entre as possibilidades, estão o tratamento medicamentoso, cirurgia, terapias ocupacionais e fisioterapia. A escolha do tratamento depende do quadro do paciente, o que reafirma a importância da avaliação médica ao se observar qualquer sintoma de epilepsia.

Na Prevent Senior, por exemplo, há equipes especializadas em pediatria e neurologia que podem auxiliar na avaliação, diagnóstico e tratamento de quem sofre com o distúrbio.

PREVENÇÃO

Prevenir a epilepsia é uma tarefa difícil, já que a doença está relacionada a questões genéticas ou lesões. No entanto, algumas medidas podem reduzir os riscos de desenvolvimento da condição ou de um ataque epiléptico, como:

- Evitar lesões na cabeça;

- Evitar o consumo de álcool e drogas ilícitas;

- Evitar locais com luzes piscantes ou atividades que envolvam imagens com muitas cores e animações (esse tipo de situação pode ser um gatilho para convulsões);

- Evitar estresse;

- Ter uma boa noite de sono;

- Não misturar medicamentos;

- Tomar remédios prescritos pelo médico de forma adequada.

No caso de crianças e gestantes, a pediatra Renata Andrade Cardoso Medrado lista algumas outras ações preventivas:

- Realização de acompanhamento médico adequado durante a gravidez, também conhecido como pré-natal.

- Atenção às vacinas necessárias para evitar infecções por vírus e bactérias que podem causar, por exemplo, meningite e encefalite.

- Controle de condições de saúde da mãe, durante a gravidez, como diabetes e hipertensão arterial.

- Evitar o uso de drogas ilícitas e álcool durante a gravidez.

COMO AGIR DURANTE UMA CRISE

Ao se deparar com uma criança ou um adulto que apresente uma crise epiléptica, siga as orientações abaixo.

1 – Mantenha a calma. A crise pode assustar, mas não entrar em pânico é fundamental para auxiliar quem está sofrendo com a condição.

2 – Coloque a pessoa que está apresentando a crise deitada de costas, no chão, e retire de perto qualquer objeto que possa machucá-la, como pulseiras, relógios e óculos.

3 – Introduza um pedaço de pano entre os dentes da pessoa em crise para evitar que ela morda a própria língua e levante o seu queixo para facilitar a passagem de ar. Caso ela esteja babando, mantenha sua cabeça voltada para o lado para evitar sufocação pela própria saliva.

4 – Afrouxe as roupas da pessoa em crise e nunca tente contê-la. Deixe que ela se debata.

5 – Observe o tempo da crise. Se ela durar mais de cinco minutos e ocorrerem outras na sequência, solicite ajuda médica imediatamente.

A Prevent Senior

Operadora de saúde especialista em pessoas, a Prevent Senior atua há quase 26 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos Atendimentos Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados. A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.


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ATENÇÃO! Somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar doenças, recomendar tratamentos e receitar medicamentos. Em caso de suspeita de sintomas, agende uma consulta ou procure uma das unidades de pronto atendimento da Prevent Senior.