Mais de 400 mil brasileiros foram internados para tratar a trombose nos últimos dez anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular Nacional (SBACV). Os dados assustam, mas também reforçam o quanto é necessário informar a população sobre a doença, incluindo como preveni-la e tratá-la.
Pensando nisso, desde 2014 estabeleceu-se 13 de outubro como Dia Mundial da Trombose, uma data criada pela International Society on Thrombosis and Haemostasis (ISTH) com o objetivo de ampliar o conhecimento a respeito da doença e seus impactos no dia a dia das pessoas.
Tal preocupação também é compartilhada pela Prevent Senior, que conversou com um dos seus especialistas e esclareceu as principais dúvidas sobre o problema. Leia o conteúdo aqui no blog e compartilhe com quantas pessoas puder!
Sobre a doença
A forma da doença mais preocupante e comum é a trombose venosa profunda (TVP), que consiste em um coágulo sanguíneo (trombo) em veias, bloqueando o fluxo de sangue e causando inflamação e dor na região afetada. Ela atinge normalmente a parte inferior do corpo, como pernas e coxas. Além disso, o coágulo pode se desprender e se movimentar pela corrente sanguínea, alcançando outros órgãos e causando lesões graves, por exemplo, no pulmão. Neste último caso, ocorre o que chamamos de embolia pulmonar - uma falta de ar súbita que pode levar à morte.
A TVP é conhecida por ser uma doença silenciosa e o médico cirurgião vascular da Prevent Senior Alvaro Razuk Filho explica o motivo: “Isso acontece porque esse tipo de trombose ocorre de maneira mais lenta ou o nosso organismo consegue encontrar vias colaterais de drenagem, fazendo os sintomas passarem despercebidos.”
Confira os sintomas mais comuns de TVP:
- Dor na perna;
- Aumento da temperatura no local que está doendo;
- Inchaço;
- Vermelhidão;
- Coloração arroxeada dos dedos;
Há também a trombose arterial. Menos comum, essa forma da doença é caracterizada pelo surgimento de um trombo nas artérias, bloqueando-as por completo. Se o processo ocorre no cérebro, esse órgão deixa de receber sangue e morre – o que chamamos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em outras partes do corpo, essa falta de sangue pode levar a necrose, gangrena e infarto.
É preciso esclarecer, no entanto, que a trombose também pode ser dividida em aguda ou crônica. Na primeira situação, ela costuma ser resolvida naturalmente, ou seja, os coágulos são dissolvidos pelo próprio corpo, sem evoluir para um caso grave. Quando a situação é crônica, por sua vez, sequelas são deixadas no interior das veias, destruindo a estrutura das válvulas e impedindo o retorno do sangue, o que resulta no surgimento de inchaços, varizes, escurecimentos e endurecimento da pele, além de outras complicações.
Fatores de risco
Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de uma trombose, mas muitos deles podem ser prevenidos. “O uso de anticoncepcionais ou tratamento hormonal, tabagismo, pacientes com insuficiência cardíaca, tumores malignos, sobrepeso ou obesidade, ou história prévia de trombose venosa são algumas das situações que podem levar à doença”, explica o cirurgião.
O dr. Álvaro Razuk também alerta para outros fatores que podem causar o coágulo, como cirurgias de médio e grande porte, infecções graves, traumatismo, a fase final da gestação ou casos que resultem em imobilidade prolongada, por exemplo, cirurgias ortopédicas, fraturas, hospitalizações, derrames e, até mesmo, viagens longas.
Veja outras situações que merecem atenção:
- Idade avançada;
- Presença de varizes;
- Distúrbios de hipercoagulabilidade hereditários ou adquiridos;
No caso de trombose arterial, como fatores de risco também se enquadram alimentação rica em gorduras e açúcares, falta de exercícios físicos, ingestão de bebida alcoólica em excesso e condições de saúde, como hipertensão, colesterol alto, diabetes, histórico familiar de aterosclerose (acúmulo de gordura nas artérias), fibrilação atrial (tipo de arritmia cardíaca) no coração ou diagnóstico anterior de Covid-19.
Diagnóstico e tratamento
Além dos sintomas mencionados, a trombose pode ser identificada e/ou confirmada com exames de sangue, ultrassonografia com Doppler, venografia, tomografia e ressonância magnética.
“Após o diagnóstico, o tratamento é feito com medicamentos, em geral, anticoagulantes que impedem a formação de trombos. Nos casos de menor complexidade, este tratamento é feito em casa, com repouso e medicamento oral. Em situações graves ou complexas, pode ser utilizado um remédio que destrói os coágulos, mas esse tratamento deve ser realizado dentro de um hospital”, destaca o cirurgião.
Outras ações que podem ser indicadas como tratamento são a inserção de filtros na maior veia do abdômen para evitar que os coágulos sanguíneos se movimentem para os pulmões e o uso de meias de compressão para melhorar o edema causado pela trombose.
Prevenção
“Mais importante que tratar a trombose, é preveni-la”, orienta o especialista da Prevent Senior.
Veja algumas dicas do médico:
- Praticar atividades físicas e caminhadas regularmente;
- Manutenção do peso ideal, com uma dieta balanceada;
- Hidratação;
- Evitar o tabagismo;
- Usar meias elásticas;
Em casos de cirurgias e internações, o cirurgião esclarece que há protocolos bem definidos e que são seguidos pela Prevent Senior, como a aplicação de injeções anticoagulantes, dependendo dos fatores de risco, além do uso das já mencionadas meias elásticas.
A Prevent Senior
Operadora de saúde especialista em pessoas, a Prevent Senior atua há mais de 25 anos e conta com uma ampla rede própria. Os Hospitais e Prontos-Atendimento Sancta Maggiore são equipados com o que há de melhor para oferecer sempre em cuidados diferenciados.
A rede ainda é composta por Núcleos de Medicina Avançada e Diagnóstica e Núcleos especializados em Cardiologia, Oftalmologia, Oncologia, Ortopedia/Traumatologia e Reabilitação em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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